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PRODUZINDO RIQUEZA

domingo, 13 de abril de 2008

OSWALDO MONTENEGRO POETA ENCANTADOR

OSWALDO MONTENEGRO POETA ENCANTADOR


Oswaldo Viveiros Montenegro,nasceu em 15 de Março do ano de 1956, no Grajaú, Rio de Janeiro, filho mais velho de quatro irmãos. 
Sempre adorou ler e devorava coleções de Julio Verne, Monteiro Lobato, Malba Tahan. 
Aos sete anos, mudou-se para São João Del Rey, Minas Gerais, onde passou boa parte da infância. 
O espirito de seresteiro de Minas influenciou toda a sua vida. Nas noites, pulava a janela de sua casa para acompanhar amigos de seu pai em serestas noturnas para as namoradas. Apaixonado por essa musica tão viva e presente em seu dia a dia começou aos oito anos, estudar violão com um desses seresteiros e compôs sua primeira canção, "O Lenheiro" nome do rio que corta a cidade. 
Aos treze anos, já de volta ao Rio de Janeiro, venceu seu primeiro festival, com a "Canção Pra Ninar irma pequena" música que mais tarde gravaria na trilha do vídeo "O vale encantado", com o titulo "Canção pra ninar gente pequena". Em 1971, mudou-se com a família para Brasília, cidade que viria a adotar e que é tema constante em sua obra. 
Foi nessa cidade que Oswaldo conheceu e manteve estreito contato com a família Prista Tavares, da qual fazia parte o Maestro Otávio Maul. 
Essa foi uma influencia decisiva. Através deles entra em contato com a musica erudita. Apaixonado, assiste a concertos, conhece obras, passa noites conversando, se interessa pela técnica e teoria musicais. Estuda muito sozinho, tendo sem parar obras que caem em suas mãos sobre Música. História da Música, grandes compositores. 
Aos catorze anos, ainda em Brasília, começou a participar com frequência dos festivais da cidade. Conhece, então, novos amigos e parceiros que o acompanhariam pela vida a fora como José Alexandre, Raimundo Marques, Ulisses Machado, Madalena Salles. 
Começa a fazer Shows e a escrever arranjos para suas musicas. 
Em 1972 teve a música "automóvel" classificada no último festival internacional da Canção, da Globo. 
Apresenta-se, assim, pela primeira vez, num festival de vulto nacional. Chegou a cursar duas faculdades, Comunicação e Musica, ambas incompletas. 
Em 1974, em parceria com o amigo de infância e parceiro Mongol, escreveu sua primeira peça musical, "João sem Nome", encenada em 1975,no Teatro Martins Pena, de Brasília. em 1976, o espetáculo é reencenado, dirigido dessa vez por Hugo Rodas, coreógrafo uruguaio que viria a ter grande influêcia no trabalho teatral de Oswaldo Montenegro. Essa segunda montagem, é apresentada no Rio de Janeiro onde é assistida pelo renomado crítico de Teatro Yan Mishalsky, que compara o grupo aos antigos menestréis que, na idade média, sobre uma carroça, corriam de cidade em cidade, apenas com seus instrumentos, suas vestes e suas vozes, para contar e cantar histórias para plateias, nas praças. Mishalsky chama o grupo de "Os novos Menestréis", título que acompanharia Oswaldo Montenegro por muito tempo. Em 1975, assinou seu primeiro contrato com uma gravadora, a Som Livre, lançando seu primeiro compacto, "Sem Mandamentos". Em 1976, a convite de Hermínio Belo de Carvalho, Oswaldo Montenegro fez, ao lado de Marlui Miranda e Vital Lima o primeiro Show de Artistas desconhecidos da série "seis e Meia", no Rio de Janeiro, onde continua a fazer show quase que ininterruptos. 
Ainda encantado com o teatro, continua a escrever espetáculos musicais, paralelamente aos show, passando agora a dirigi-los. em 1977, lançou seu primeiro LP "Trilhas, independente, a convite e produzido por Frank Justo Acker. No ano seguinte, foi convidado a gravar pela Wea seu primeiro LP por uma gravadora "Poeta Maldito" Moleque Vadio". Trilhas foi um disco que não pode ser considerado exatamente um lançamento. Oswaldo Montenegro tinha apenas vinte anos e estava em temporada no Teatro da Aliança Francesa da Tijuca, no Rio de Janeiro. 
O franque Justo Arquer que era o técnico de som, colocou aquele gravador enorme e deixou rolando. Ficaram a madrugada toda tocando. Oswaldo Montenegro, Madá, Amadeu Salles na clarineta, Alan no baixo acústico e Mongol no violão. 
O disco não teve mixagem, foi gradado direto. Foram feitas 300 cópias, vendias num musical, que estavam fazendo. Infelizmente não existe a master do disco absolutamente se perdeu. 
O trilha tem o poema Metade que mais tarde regravou em disco ao Vivo. Foi convidado a Gravar pela WEA  Poeta maldito, moleque Vadio. 
Produzido por Gastão Dalamoni, foi um dico feito com orquestra, um disco com certa tendência conservadora e muito MPB. Oswaldo Monenegro, escreveu tres ou quatro arranjos e Luiz Cláudio Ramos, escreveu os outros. a musica mais conhecida deste disco foi Léo e Bia, porém a musica que as pessoas mais pedem é Se puder sem medo, que depois entrou em algumas peças, mas que nunca foi regravado. A canção favorita deste disco é Quem Havia de Dizer. Tem também Fruta Orvalhada, que agrada muito e regravou no Album Branco. Poeta foi um disco que quase não vendeu, o que fez com que a gravadora pensasse em dispensá-lo. Foi até interessante, porque ainda tina composto Bandolins, e inscrito e classificado a musica no festival da extinta TV tupi. Estava com a moral tão baixa na gravadora que ganhou só metade de um compacto, ficando o outro lado com um compositor chamado João Boa Morte, que também havia sido classificado no festival. Em 1979, estourou no festival da extinta TV tupi, com a musica "Bandolns", em terceiro lugar. No ano seguinte, ganhou o primeiro lugar no festival da Globo MPB-80 com "Agonia" de Mongol. a partir dai, fez excursões nacionais, tocando em grandes teatros, entrando na mídia. 
O patamar de Oswaldo Montenegro, muda. ainda em 1980, lança seu segundo disco pela Wea. 
Oswaldo Montenegro, alcançando, com este, seu primeiro disco de ouro. 
O disco que veio a seguir Oswaldo Montenegro, incluiu Bandolins. 
O disco que a maioria das pessoas identificam como sendo a cara de Oswaldo Montenegro, por isso talvez muito sucesso. Não saberia dizer se sente essa condição. 
Tem uma citação de Mário Quintana onde ele fala que as pessoas pensam que são fases e na verdade são faces. Então, essa é a fase deste disco, foi e é identifica como verdadeira face de Oswaldo Montenegro. 
Este disco tem uma situação interessante, um lirismo agressivo. 
Esse lirismo é um dos lados do trabalho de Oswaldo Montenegro que mais provoca rejeição, ou seja, junto com o sucesso veio a rejeição. As canções favoritas deste disco são Bandolins e Por Brilho; essa a que a maioria do pessoal mais gosta, inclusive Oswaldo Montenegro. Por Brilho, no dia em que se separou da Madá, havia 20 anos, se separaram e se tornamos grandes amigos.